O aumento salarial para secretários municipais e o vice-prefeito a partir de 2025, proposto pelo prefeito eleito Tiago Amaral (PSD) em projeto de lei encaminhado em regime de urgência à Câmara Municipal nesta quarta-feira (18), tem o apoio das principais entidades do setor produtivo da cidade.
O projeto, que deverá ser votado pelos vereadores em sessões extraordinárias até o final da semana, estabelece que o salário bruto dos secretários passe dos atuais R$ 14.414,14 para R$ 21,9 mil, mesma remuneração do vice, que atualmente é de R$ 9.130,33. O custo a mais estimado pela equipe de transição de Tiago é de R$ 125 milhões mensais aos cofres municipais, com impacto de 0,14% no orçamento do município, que para 2025 é de cerca de R$ 3,5 bilhões.
Em nota conjunta, Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), Ceal (Conselho de Enganharia e Arquitetura de Londrina), Sescap-LDR (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado do Paraná – seção Londrina), Sindimetal (Sindicato das Indústrias, Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos) e Sociedade Rural do Paraná (SRP) afirmaram que “há um descompasso entre os salários da iniciativa privada e do primeiro escalão da Prefeitura. Há tempos está em discussão a necessidade de retenção de talentos em áreas essenciais do Executivo municipal, especialmente o secretariado, para que desperte o interesse de quadros qualificados para gerir setores indispensáveis como saúde, educação, trânsito, segurança e planejamento, entre outros, que exigem muita transparência, responsabilidade e competência”.
As entidades complementam que “por esses motivos, as entidades veem com naturalidade a proposta para aumento de salário de setores primordiais, desde que o investimento seja correspondido com a melhoria e a agilidade de serviços, gerando benefícios para a população”.
Na nota, elas ponderam que “é importante que a despesa gerada por tais medidas seja equacionada dentro da própria gestão pública com corte de gastos em setores de pouca eficácia, para que não haja aumento da carga tributária para o contribuinte”.
A manifestação das entidades é um claro sinal de que ao apresentar o projeto de lei a equipe de transição de Tiago Amaral sabia que teria um respaldo importante ante as reações negativas que a medida tende a gerar na população.
Leia a nota na íntegra
“ACIL, CEAL, SESCAP-LDR, Sindimetal, Sinduscon e SRP são entidades favoráveis ao enxugamento da máquina pública, acompanhado pela eficiência dos serviços. No caso de Londrina, porém, há um descompasso entre os salários da iniciativa privada e do primeiro escalão da Prefeitura. Há tempos está em discussão a necessidade de retenção de talentos em áreas essenciais do Executivo municipal, especialmente o secretariado, para que desperte o interesse de quadros qualificados para gerir setores indispensáveis como saúde, educação, trânsito, segurança e planejamento, entre outros, que exigem muita transparência, responsabilidade e competência. Por esses motivos, as entidades veem com naturalidade a proposta para aumento de salário de setores primordiais, desde que o investimento seja correspondido com a melhoria e a agilidade de serviços, gerando benefícios para a população. Da mesma forma, é importante que a despesa gerada por tais medidas seja equacionada dentro da própria gestão pública com corte de gastos em setores de pouca eficácia, para que não haja aumento da carga tributária para o contribuinte. Essa atualização salarial não deve ser acompanhada de um efeito cascata, evitando-se que seja replicada em outros escalões da administração pública, incluindo cargos comissionados. Dessa maneira, com respeito ao contribuinte e responsabilidade fiscal, será possível atrair novos talentos para a Prefeitura e melhorar o seu desempenho”.
Da Redação
Foto: Diego Prazeres
