A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), apresentou nesta terça-feira (12) os resultados do 4º Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2024.
De 21 a 26 de outubro foi feito um percentual da análise vetorial do município, com a inspeção de 9.808 imóveis das cinco regiões da cidade. Em 332 destes foram encontradas larvas em estágios iniciais da dengue e criadouros. Com o resultado, a média das regiões de Londrina atingiu estado de alerta com 3,3%, sendo que o valor deve estar abaixo de 1% para ser satisfatório.
Este Risco Entomológico aumentou em comparação ao ano passado, quando o levantamento anual marcou 2,93%. Em 2022 o índice atingiu 3,0%, com o melhor resultado tendo sido em 2021, por pouco não atingindo um nível adequado, com 1,24%.
Nino Ribas, gerente de Vigilância em Saúde de Londrina, informou que o período analisado em outubro foi chuvoso, o que facilitou a proliferação das larvas. Também disse que uma média de 3 milhões mosquitos Wolbitos, infectados com a bactéria Wolbachia em laboratório, estão sendo liberados semanalmente em Londrina, o que influenciou a alta no Índice de Infestação Vetorial Predial (IIVP).
Ribas também apresentou a densidade vetorial por região da cidade, ou seja, as áreas que possuem maior número de focos positivos da dengue considerando a quantidade total de imóveis na região, que podem ou não ter sido analisados. A zona Oeste lidera com 74 imóveis com foco, dos 46.940 imóveis no total e 2.000 inspecionados, atingindo um Índice Predial de 3,70%. Em seguida está a região Sul com 68 imóveis com foco da dengue, dos 43.176 no total e 1.850 analisados, marcando 3,68%. A zona Norte de Londrina possui 102 imóveis com foco e um Índice Predial de 3,58%, totalizando 63.917 móveis e 2.850 inspecionados. A região Leste apresenta 58 imóveis com foco, dos 46.558 no total e 1.969 analisados, atingindo 2,95% no Índice. A região central finaliza a lista com 2,63% e somente 30 imóveis com focos positivos da dengue, sendo 1.139 inspecionados dos 29.539 no total.
Os bairros com maior densidade vetorial são os Jardins Primavera, Maravilha, Maringá, Marabá e o Conjunto Vitória Régia. De todos os criadouros encontrados com larvas e pulpas de Aedes aegypti, 90% estavam dentro de residências, em bebedouros de animais, vasos de plantas e em água de chuva armazenada; os outros 10% são recipientes em desuso jogados nos quintais.
Felippe Machado, secretário de Saúde de Londrina, afirmou que o sinal de alerta era esperado para esta época do ano, por conta das condições climáticas e práticas de prevenção não acatadas pela população. Das atividades desenvolvidas para impedir e reduzir a transmissão da doença estão o Método Wolbachia, campanhas de vacinação, borrifação residual – que consiste em aplicar inseticida na parede, para o mosquito morrer ao pousar nela -, mutirões de limpeza “Bota Fora” e o desenvolvimento de ações educativas para informar aos moradores a importância de receber o agente de combate às endemias nas residências.
Boletim da dengue
De acordo com o último informe semanal da dengue, divulgado nesta terça-feira (12) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a 17ª Regional de Saúde de Londrina possui o maior número de casos confirmados no período epidemiológico atual, iniciado em 28 de julho deste ano. São 936 confirmações, divididas entre os 21 municípios abrangidos pela Regional.
O Paraná registra 31.728 notificações, 3.673 diagnósticos confirmados e uma morte em decorrência da doença. Em Londrina, os óbitos causados pela dengue chegaram em 52, número alarmante de acordo com a diretora de Vigilância em Saúde de Londrina, Fernanda Fabrin. “A nossa preocupação não é tanto o número de casos, mas a gravidade dos casos. No caso da dengue, a evolução clínica é muito rápida e o cuidado é simples, que é a hidratação e monitoramento com exames”, afirmou Fabrin.
Na cidade, a vacina contra a doença está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A diretora explicou que a adesão vem sendo baixa, mas que no momento não existe a possibilidade de ampliação para outras faixas etárias. A vacina não está presente em 100% por cento do País, e “enquanto não houver recebimento em todo o território, não pode haver a ampliação”, esclarece Fernanda Fabrin.
Por Heloísa Gonçalves
Foto: Heloísa Gonçalves
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