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Com colheita no fim, produtor de milho recebe 12% a mais que em agosto de 2023

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A colheita do milho de segunda safra 2023/24 está se aproximando do final no Paraná. E uma boa notícia para o produtor é que o preço recebido pela saca de 60 quilos fechou em R$ 49,96 nesta última semana, representando alta de 12% sobre os R$ 44,51 pagos em agosto do ano passado.

O desempenho do preço no mercado interno caminhou no lado oposto ao que foi observado na cotação da commodity na Bolsa de Chicago (EUA), que caiu 16% no mesmo período. Em agosto do ano passado o bushel estava a US$ 479,50 e baixou para US$ 401,62 agora. Bushel é a unidade internacional de medida de mercadorias sólidas e secas. No caso do milho, um bushel equivale a 25,401 quilos.

“Os preços mais altos no mercado interno estão sustentados pela alta do dólar, que subiu mais de 12%, e pela menor disponibilidade do produto”, destaca o analista da cultura no Departamento de Economia Rural (Deral), Edmar Gervásio, em texto publicado no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 2 a 8 de agosto.

No entanto, ele pondera que o cenário é tênue, já que oscilações negativas no dólar tendem a pressionar os preços para baixo. “Além disso, logo teremos o início da colheita americana e, confirmando uma safra normal, é provável uma pressão ainda maior nos preços do mercado internacional”, afirma.

No Paraná a colheita avançou e atingiu 92% da área de 2,5 milhões de hectares de milho da segunda safra 23/24. A estimativa é que a safra forneça 12,9 milhões de toneladas ao mercado.

TRIGO

A colheita do trigo chegou a 1% dos 1,16 milhão de hectares plantados, mas por enquanto a produtividade não tem correspondido às expectativas e nessas primeiras áreas dificilmente os custos serão cobertos. O trabalho se concentra basicamente no Norte do Estado, que foi bastante impactado pela seca entre final de maio e início de junho.

A estiagem prolongada, com alguns municípios ficando 40 dias sem chuva, é responsável por 14% das lavouras estarem classificadas como em situação ruim. Desse volume, 70% estão no Norte. Outros 21% de lavouras têm condição média e 65% já podem ser consideradas boas após sofrerem inicialmente e alcançarem estabilidade positiva nas últimas semanas. (Com informações da Agência Estadual de Notícias) LEGENDA – Segundo Deral, preços mais altos no mercado interno estão sustentados pela alta do dólar e a menor disponibilidade do produto.

Da Redação

Foto:Gilson Abreu/AEN

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