fbpx

Coluna Panorama

WhatsApp
Facebook
LinkedIn

Campanha em Londrina já começa com fake news

O jogo começou. Embora a campanha eleitoral terá início oficialmente no próximo dia 15, já foi dada a largada à batalha entre os candidatos nos bastidores e nas redes sociais. A coligação do PSD/PL/União Brasil/Avante/Agir/PRD, que tem o deputado estadual Tiago Amaral (PSD) como candidato a prefeito e o ex-vereador Júnior Santos Rosa (PL) de vice, conseguiu liminar na Justiça Eleitoral nesta semana para a retirada de vídeo veiculado nas redes sociais por propaganda eleitoral negativa antecipada contra o parlamentar.

Imediata suspensão

Na decisão, a juíza Camila Cardoso, da 42ª Zona Eleitoral, reconheceu o risco de dano grave à imagem do candidato e fixou prazo de 24 horas para retirada do vídeo das redes sociais, além de determinar a imediata suspensão da divulgação do material, em qualquer meio, sob pena de multa de R$ 1 mil por dia. No material compartilhado, foram cortados trechos e inseridas informações sobre Tiago Amaral em um vídeo gravado pelo senador Sergio Moro (União-PR) em que ele diz que jamais apoiaria candidatos com histórico de corrupção.

Deep fake/fake news

O vídeo original gravado por Moro refere-se a pré-candidato de Maringá, sem qualquer menção ou relação com as eleições de Londrina. A defesa da coligação do PSD sustentou também que a lei eleitoral proíbe a utilização de conteúdo sintético, gerado ou manipulado digitalmente. “O vídeo anexado trata-se de flagrante prática de propaganda extemporânea na modalidade deep fake/fake News, não guardando qualquer relação com as informações originalmente veiculadas”, afirma a juíza Camila Cardoso na decisão.

Versão desmentida

Sergio Moro esteve na convenção que definiu Tiago Amaral como candidato, na última sexta-feira (2), em Londrina. O senador gravou um vídeo em que desmente a versão manipulada e reitera seu apoio ao deputado estadual nas eleições municipais.

Ratinho Jr. entra de cabeça nas eleições municipais de olho em 2026

Principal cabo eleitoral do PSD nas candidaturas a prefeito em que o partido é cabeça de chapa, especialmente nos maiores colégios eleitorais do Paraná, o governador Ratinho Junior (PSD) admite que um bom desempenho nas eleições municipais vai fortalecer seu nome numa eventual disputa pela Presidência da República em 2026. O titular do Palácio Iguaçu é visto como uma das alternativas viáveis de uma frente de direita para disputar o Planalto contra o presidente Luiz Inácio da Lula da Silva (PT) daqui a quatro anos – ou quem quer se seja um outro candidato da esquerda -, desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou inelegível por oito anos em decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Numa costura feita entre Ratinho Jr. e Bolsonaro, PSD e PL estão coligados nos principais colégios eleitorais do Paraná, sendo que nos quatro maiores os candidatos a prefeito são do partido do governador: Curitiba, Londrina, Maringá e Ponta Grossa. Em Cascavel, Foz do Iguaçu e Guarapuava, o PL está na cabeça de chapa, com apoio do PSD.

Presente na convenção que confirmou a candidatura do deputado estadual Tiago Amaral (PSD) à Prefeitura de Londrina nas eleições de outubro, realizada nesta sexta-feira (2), no Tsuru Centro de Eventos, na zona norte da cidade, Ratinho Jr. admitiu a importância de um bom desempenho de seu partido nas urnas neste ano para o cenário de 2026 e considerou “natural” que o governador de um estado como o Paraná seja colocado como um nome numa eventual disputa presidencial, ao ser questionado sobre esses temas pela reportagem do Paraná Norte. Confira:

O senhor considera estratégico o desempenho de seu partido nas eleições municipais, já que também é um nome da direita para a disputa presidencial de 2026?

Eu acho que na verdade, apesar de estar perto, 2026 está longe. Acho que o Paraná está bem posicionado, é um estado muito forte, é uma vitrine para o Brasil, os bons números do Paraná também reforçam isso. E lá na frente é que vai ser discutido isso com os partidos, a gente quer se antecipar, porque cada partido tem uma realidade, vamos ter que ver as alianças, ver quantos candidatos vão sair na totalidade, se a gente vai poder se juntar com outros candidatos. Então, acho que a gente tem que estar bem posicionado.

Mas o senhor é um nome para 2026?

Eu acho que o governador de um estado importante como o Paraná naturalmente se posiciona nacionalmente, e os números hoje, a melhor educação do Brasil é do Paraná, nós somos um dos estados que mais geram emprego no país, temos hoje um dos melhores saneamentos básicos do país, maior programa de casa própria, enfim, acho que nós temos números hoje que nos referendam a ter uma discussão nacional.

Nos principais colégios eleitorais do Estado o PSD, do senhor, e o PP, do seu secretário de Indústria e Comércio e presidente estadual da legenda, Ricardo Barros, estão em lados opostos nas eleições municipais. Como vê essa situação?

Isso é uma questão local, muitas vezes, com as candidaturas, né? É natural que não consiga fazer com que os partidos possam estar todos reunidos. Mas na sua grande maioria, a boa parte dos partidos da base está com a gente, estão trabalhando, estão com os candidatos na mesma direção, e a gente tem que respeitar muitas vezes essa decisão local. (Por Diego Prazeres)

Debate morno

A avaliação corrente nos bastidores políticos sobre o primeiro debate entre os candidatos a prefeito de Londrina, promovido na última quinta-feira (8) pela TV Tarobá, é que o clima foi “morno”. Os sete concorrentes participaram: Barbosa Neto (PDT), Coronel Villa (PSDB), Diego Garcia (Republicanos), Isabel Diniz (PT), Professora Maria Tereza (PP), Tercilio Turini (MDB) e Tiago Amaral (PSD). No encontro, mediado pelo jornalista Fernando Brevilheri, os candidatos responderam perguntas feitas pelos próprios jornalistas da emissora e os adversários. Entre os temas, educação, saúde, infraestrutura, segurança, moradia, trânsito e cultura. Além de Londrina, houve debate nas emissoras filiadas da Band em mais 50 cidades.

Alvo

Como era previsto, o principal alvo no primeiro bloco foi a candidata Professora Maria Tereza (PP), por representar a atual administração de Marcelo Belinati (PP). Logo na primeira pergunta, Coronel Villa (PSDB) a questionou sobre problemas envolvendo qualidade da merenda escolar e os uniformes da rede municipal.

Veja bem

Maria Tereza respondeu que a atual gestão promoveu uma “transformação” na rede municipal de ensino, destacando reformas e construções de unidas escolares. Ela defendeu a qualidade da merenda, dizendo que problemas pontuais são resolvidos, e que antes do início de sua gestão à frente da Educação não havia o fornecimento de uniformes escolares.

Pedido de resposta

Para não dizer que não houve “embates”, no final do debate o candidato Tiago Amaral (PSD) pediu direito de resposta sobre fala de Barbosa Neto (PDT). O ex-prefeito disse que o deputado estadual votou pelo aumento do IPVA e da redução da taxa mínima da tarifa de água, pontuando que ambos têm pensamentos diferentes. Amaral retrucou afirmando que eles possuem trajetórias diferentes e destacou ter o apoio de pessoas “comprometidas em acabar com a corrupção”.

Chapa de Turini denuncia assédio eleitoral

O MDB reagiu à demissão da professora e candidata a vice-prefeita de Londrina pelo partido, Mariana Grotti, de uma escola particular da cidade na semana em que ela foi confirmada na chapa do candidato a prefeito, deputado estadual Tercílio Turini (MDB). Em pronunciamento na Assembleia Legislativa, Turini disse que a decisão era “muito estranha” e pode configurar assédio eleitoral.

Discurso

“Logo em uma instituição de ensino, que deveria dar exemplo. Se não rezar na minha cartilha, se não pensar como eu, está fora. É crime, assédio eleitoral. Um fato de extrema gravidade, uma agressão às mulheres, uma atitude antidemocrática, contra a liberdade de expressão. Parece ódio. Considero uma sacanagem que não dá para aceitar principalmente contra uma mulher, uma professora ou qualquer pessoa. Uma cidadã que entra na política, cheia de ânimo, referenda pelo MDB, sofre uma violência dessa”, ressaltou Turini em seu discurso em plenário. Ele informou que o partido pretende judicializar a questão.

Crimes eleitorais em alta no PR

O Paraná é o segundo colocado no ranking dos estados com mais investigações de crimes eleitorais abertas pela Polícia Federal nos últimos 12 meses. Com os 124 casos investigados desde agosto do ano passado, o Paraná fica à frente de São Paulo, estado mais populoso do país, e perde apenas para o Rio de Janeiro, que registrou 193 casos. Do total de investigações em andamento no Paraná desde agosto do ano passado, quem lidera a lista é a chamada omissão de documentos e informações à Justiça Eleitoral, com 41 casos, seguida do descumprimento de ordens judiciais ou instruções da Justiça Eleitoral, com 17.

Dados da PF

Os dados fazem parte de uma plataforma da Polícia Federal, lançada na última terça-feira (6) pela presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmen Lúcia. Outra medida anunciada no mesmo dia pela presidente do TSE foi a criação de um disque-denúncia para receber relatos de conteúdos falsos sobre o pleito. A ligação é gratuita e o disque-denúncia atende pelo número 1491.

Pela tangente                 

O ministro Sergio Moro (União Brasil) saiu pela tangente ao ser questionado pelo Paraná Norte, na convenção do PSD/PL/União Brasil em Londrina, semana passada, se a definição por uma chapa pura na disputa pela Prefeitura de Curitiba – com a esposa, Rosângela Moro (União), sendo candidata a vice de Ney Leprevost (União) – já seria um movimento do ex-juiz da Lava Jato visando o governo do estado em 2026.  “O foco é 2024, as eleições em Curitiba, apresentar um bom projeto para o cidadão curitibano”, respondeu, com leve sorriso.

Caldo de galinha

Horas antes da convenção, realizada no Tsuru Centro de Eventos, na zona norte de Londrina, a equipe de segurança de Sergio Moro fez questão de vistoriar o espaço.

Ausências

Diferente dos prefeitos de Cambé, Conrado Scheler (PSD), e de Ibiporã, José Maria (PSD), candidatos à reeleição, o chefe do Executivo de Arapongas (PSD), Sérgio Onofre, não compareceu à convenção do PSD/PL em Londrina, que contou com a presença do governador Ratinho Jr. (PSD). É que na Cidade dos Pássaros os dois partidos estão em lados (bem) opostos. O vice-prefeito, Jair Milani (PL), disputará a prefeitura com o secretário municipal de Governo, Rafael Cita (PSD), que é sobrinho de Onofre. Eles também não foram. 

Cabo eleitoral I

O ex-prefeito Alexandre Kireeff (2013-2016) não só esteve na convenção que confirmou a candidatura de Tiago Amaral como discursou e prometeu apoiar o deputado estadual.

Cabo eleitoral II

Já o ex-jogador Jadson, revelado no PSTC e que defendeu Athletico, Corinthians, São Paulo e seleção brasileira, além do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, esteve na convenção do PP que definiu a candidatura de Maria Tereza à prefeitura. E posou para fotos com fãs e a própria candidata.

Lula vai devolver relógio de ouro

O presidente Lula (PT) disse a seus ministros, durante reunião na última quinta-feira (8), que vai devolver à União o relógio de ouro da marca Cartier que ganhou de presente em seu primeiro mandato, há quase 20 anos. A informação foi confirmada à coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, por, pelo menos, cinco ministros que participaram do encontro. A decisão de Lula foi tomada após o Tribunal de Contas da União julgar, no dia anterior, que o petista poderia ficar com o relógio, avaliado em R$ 60 ml.

Irritação

Segundo a coluna, o presidente teria ficado “irritado” com a decisão do TCU, depois de saber que ela poderá ser usada para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias sauditas. Além de devolver o relógio, Lula ainda teria dito na reunião que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai apresentar um recurso ao Tribunal, argumentando que os casos de Lula e Bolsonaro são diferentes e que o petista poderia ficar com o relógio, já que, em 2005, não existia a regra do TCU de que presentes recebidos em cerimônias com outros chefes de Estado devem ser considerados patrimônio público. A regra só passou a existir em 2016.

Richa desiste

O deputado federal e ex-governador do Paraná (2011-2018) Beto Richa (PSDB) desistiu de concorrer à disputa pela Prefeitura de Curitiba e afirmou que deve ficar neutro no pleito na cidade que governou entre 2005 e 2010. Richa explicou em coletiva de imprensa nesta semana que estava animado com as últimas pesquisas de opinião pública. Porém, desistiu por não ter alianças políticas, estrutura para campanha e possuir apenas 30 segundos de propaganda eleitoral na televisão e no rádio.

Racha interno

O tucano tentou se aproximar do PL, de Jair Bolsonaro, em março desde ano. A legenda é a que possui maior bancada na Câmara dos Deputados. Entretanto, lideranças de Curitiba manifestaram resistência à ideia e o PSDB vetou a aproximação. Outro ponto mencionado por Richa é um racha interno na federação da qual faz parte. Na semana passada, o Cidadania oficializou apoio a Eduardo Pimentel (PSD), compromisso que estava firmado desde fevereiro.

Pimentel na frente

De acordo com o estudo do Paraná Pesquisa divulgado em 7 de julho, Eduardo Pimentel (PSD) lidera de forma isolada o cenário eleitoral curitibano, com 24,1% das intenções de voto. Atual vice-prefeito da capital, ele conta com apoio do prefeito Rafael Greca (PSD), do PL e do ex-deputado federal e ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol (Novo), que desistiu de concorrer. Luciano Ducci (PSB) e Ney Leprevost (União) aparecem empatados tecnicamente, sendo o primeiro com 14,9% e o segundo com 13,6%. O mesmo ocorreu com o ex-governador Roberto Requião (Mobiliza) e com Beto Richa, que alcançaram 12,4% e 10,1%, respectivamente. (Com Jean Araújo/Estadão Conteúdo)

Petrobrás no prejuízo

Na contramão do lucro de quase R$ 28,7 bilhões que teve no 2º trimestre do ano passado, a Petrobrás anunciou um prejuízo de R$ 2,6 bilhões no mesmo período de 2024. O resultado negativo, o primeiro desde setembro de 2020, teve como principal causa um acordo bilionário entre a estatal e o governo para encerrar uma série de processos tributários. A petrolífera brasileira também anunciou a distribuição de mais de R$13 bilhões em dividendos, um dos principais pontos de atrito entre a gestão anterior da empresa e parte da alta cúpula do Governo Federal.

Relacionadas

Receba as notícias direto no seu Whats!

Expediente

Siga-nos