ExpoLondrina chega ao final com expectativa de alta de 12% em volume de negócios

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Da Redação

Foto: Fernanda Bressan/ExpoLondrina

A Sociedade Rural do Paraná encerrou neste final de semana mais uma edição da ExpoLondrina com a expectativa de atingir a meta de superar em até 12% o volume de negócios da feira em relação ao ano passado, quando foram movimentados R$ 1,258 bilhão. Em relação ao público, o clima também era de otimismo para que mais de 500 mil pessoas passassem pelo Parque Ney Braga, retomando os números de 2022, ano em que o total de visitantes da Expo chegou a 561.562 pessoas. Em 2023, quando a feira foi realizada durante a Páscoa, o público foi de pouco mais de 475,6 mil visitantes.

“Estamos fazendo um levantamento diário, mas a gente sabe que em relação por exemplo às montadoras está havendo negócios, e empresas de outros segmentos que estão na ExpoLondrina pela primeira vez já nos relataram que os números estão sendo muito positivos”, afirmou ao Paraná Norte o presidente da SRP, Marcelo Janene El-Kadre (foto acima), na última sexta-feira (12). Questionado se havia expectativa de alcançar os números previstos antes do início da feira, ele respondeu que sim. “Acreditamos que sim pelas condições oferecidas diretamente na exposição, como créditos, benefícios, descontos, financiamentos diferenciados, com juros mais baratos também. Por tudo isso, a gente acredita que vai alcançar os objetivos”, pontuou.

A despeito de novas reclamações de visitantes em relação aos preços praticados na ExpoLondrina no setor de alimentos e bebidas – a reportagem atestou que há barracas de lanches vendendo uma lata de refrigerante por R$ 15 -, a organizadora da feita também espera um salto no balanço total de público em relação a 2023. “O movimento está bom, estávamos até um pouco temerosos pela situação econômica do país, pessoal descapitalizado, e para nossa surpresa estamos tendo número um pouco acima do que esperávamos”, disse o presidente da SRP.

A ExpoLondrina também teve seu momento político reunindo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o governador Ratinho Junior (PSD), deputados, prefeitos e diversas lideranças de Londrina e região na abertura oficial, dia 5. E na quinta-feira (11), o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), participou pessoalmente da abertura dos trabalhos da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) itinerante na feira, junto com a bancada ruralista na Casa.

Show e eventos técnicos

Além da tradicional grade de shows com foco no agropop (versão moderna do sertanejo universitário) e atrações como Ana Castela, Luan Santana e as duplas Zé Neto & Cristiano e Jorge & Matheus, a 62ª edição da feira agropecuária e industrial de Londrina também apostou numa agenda técnica diversificada para difundir novas tecnologias na agricultura e pecuária e turbinar os leilões.

Simpósios em vários ramos da pecuária, com pesquisadores e especialistas de renome em suas respectivas áreas, foram realizados durante os dez dias de feira. Ao todo, foram promovidos 12 leilões de animais na feira, sendo oito presenciais. “Ano passado, promovemos cinco leilões na feira, que geraram R$ 12 milhões em negócios. Este ano, com estes 12 leilões, esperamos aumentar ainda mais este valor. Além disso, este ano, praticamente dobramos o número de animais em exposição: serão cerca de 7 mil”, afirmou o diretor de pecuária da SRP, Luigi Carrer Filho. O mesmo para eventos voltados à agricultura, familiar e extensiva. Os eventos de inovação e tecnologia promovidos no Pavilhão Smart Agro também foram atração na feira.

Contratos de mais de R$ 120 milhões

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) contratou mais de R$ 120 milhões com cinco empresas de diferentes segmentos como peças automotivas, gráfica, móveis e agroindústria, todas paranaenses, durante a ExpoLondrina.

A cooperativa Integrada assinou um grande contrato para financiar a ampliação e modernização de diversas unidades de armazenagem. A unidade produz soja e trigo e está presente em quase 50 municípios e possui mais 13 mil cooperados.

Do setor de peças automotivas, a AESA, de Cambé, fechou contrato com o BRDE de um projeto de inovação para a utilização de biogás de cana de açúcar como fonte principal de energia dos seus queimadores. O projeto também visa investir na automação de outros processos na fábrica.

A Alternativa Etiquetas, também de Londrina, e que trabalha com etiquetas e rótulos, fez parceria com o BRDE para um projeto que tem como objetivo melhorar o seu processo atual de impressão de flexografia (processo que utiliza chapas flexíveis para transferir tinta) para a digital.

De Arapongas, as empresas de móveis de madeira Linea Brasil e Poquema Móveis contam com o BRDE para a aquisição de insumos utilizados pelas duas empresas nos seus processos produtivos.

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