MPF entra com ação em MG para mudar nome de quartel que remete ao golpe de 1964

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O caso foi apurado em inquérito civil instaurado após uma notícia publicada pelo jornal Folha de São Paulo

Da Redação

Foto: Fernando Priamo

A Procuradoria da República em Minas tenta mudar o nome do Batalhão do Exército em Juiz de Fora de onde partiram as primeiras tropas do golpe militar de 1964. O nome oficial do quartel é 4.ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha, mas a instalação é conhecida como “Brigada 31 de Março”, em referência ao dia do golpe.

De acordo com o site institucional da unidade militar, o nome foi escolhido por causa do “papel decisivo e corajoso” da brigada na “eclosão da revolução democrática”.

Para o Ministério Público Federal, a homenagem é “repugnante e cínica”. “É estarrecedor – embora não de todo surpreendente – que o Exército brasileiro mantenha de forma tão acintosa uma homenagem ao Golpe Militar de 1964”, diz um trecho da ação.

Os procuradores Francisco de Assis Floriano e Calderano e Thiago Cunha de Almeida, que assinam a ação, argumentam que a nomeação de órgãos públicos deve se submeter aos valores previstos na Constituição.

“O Golpe Militar que instituiu a ditadura não pode ser motivo de orgulho em um regime democrático”, acrescentam. “O apagamento da violência é repetição da violência.”

(Contém informações de Conteúdo Estadão – Rayssa Motta)

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