Londrina fica atrás de Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz em ranking do saneamento

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Da Redação

Foto: Albari Rosa/AEN

O Instituto Trata Brasil divulgou nesta semana o Ranking do Saneamento 2024, que analisa anualmente indicadores das cem maiores cidades brasileiras. Segundo o estudo, cerca de 32 milhões de pessoas não têm acesso à água potável no Brasil e 90 milhões não estão conectadas à rede de esgoto, “refletindo em problemas na saúde para a população que diariamente sofre, hospitalizada por doenças de veiculação hídrica.” 

Londrina aparece na 14ª posição, atrás das outras maiores cidades do interior do Estado. Maringá lidera o ranking, enquanto Cascavel está em nono lugar, seguida de Ponta Grossa, que está em 10º. Foz do Iguaçu é a 13ª. Curitiba ocupa a 22ª posição, e São José dos Pinhais, na região metropolitana da capital, vem logo atrás, em 23º lugar.

Com população estimada em 409,6 mil habitantes, segundo o censo de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Maringá tem 99,99% da população com acesso à rede de água, 99,99% atendida por coleta de esgoto e 100% desse esgoto tratado. A cidade investe em média R$ 57,21 por habitante em saneamento. O total investido pelo município de 2017 a 2021 na área foi de R$ 117,18 milhões.

Em Londrina, conforme o levantamento do Trata Brasil, o índice de esgoto tratado é de 89,06%, enquanto 99,9% da população tem acesso à rede de água e é atendida por coleta de esgoto. O investimento médio em saneamento na cidade é quase o triplo do de Maringá, R$ 158,71 por habitante, e o total aplicado entre 2017 e 2021 foi de R$ 441,18 milhões, quase quatro vezes mais do que o investido pela Cidade Canção. 

De acordo com o estudo, cidades que já possuem indicadores avançados de desenvolvimento ou sistemas universalizados “podem apresentar valores abaixo da média nacional, sem comprometer o atendimento às metas”.

Municípios do porte de Londrina, como São José do Rio Preto (SP) e Uberlândia (MG), estão acima no ranking. A cidade do interior paulista, com 480 mil habitantes, é a segunda colocada, enquanto a do triângulo mineiro, com 713 mil moradores, aparece em quinto lugar. 

Na média, as grandes cidades investem R$ 138,68 por habitante. O Plano Nacional de Saneamento Básico estabelece que é necessário um investimento de R$ 231,09 por habitante. Somente dez cidades investem acima disso, enquanto 42 gastam menos de R$ 100 por morador.

Segundo o Marco Legal do Saneamento, cidades com 99% da população com acesso à água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto são consideradas universalizadas.

A capital mais bem avaliada no ranking foi São Paulo, com 99,29% da população com acesso a água potável, 97,31% ligada à rede de esgoto e 73,08% do esgoto tratado. A cidade tem um investimento de R$ 219,20 em saneamento per capita.

Segundo o estudo, investimento médio em saneamento em Londrina é de R$ 158,71 por habitante, quase o triplo de Maringá. Foto: Sanepar.

Ranking do Saneamento

Município Atendimento total de água (%) | Atendimento total de esgoto (%) | Tratamento total de esgoto (%)

1º Maringá

99,99 / 99,99 / 100

2º São José do Rio Preto (SP)

100 / 93 / 91,36

3º Campinas (SP)

99,69 / 95,89 / 80,32

4º Limeira (SP)

97,02 / 97,02 / 95,94

5º Uberlândia (MG)

100 / 98,51 / 80,29

9º Cascavel

99,99 / 99,99 / 100

10º Ponta Grossa

99,99 / 99,99 / 88,17

13º Foz do Iguaçu

99,99 / 99,47 / 83,42

14º Londrina

99,99 / 99,99 / 89,06

21º São José dos Pinhais

99,99 / 89,42 / 75,34

22º Curitiba

100 / 99,98 /96,56

(com informações do Instituto Trata Brasil)

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