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O milho safrinha já está no campo e exige cuidados do produtor; confira orientações

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Da Redação

Foto: Assessoria de Imprensa/Belagrícola

A colheita da soja avança no país com quase 65%. No Paraná, das lavouras colhidas entre 2023 e 2024, este número ultrapassa os 80% segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. O plantio do milho segunda safra (safrinha) vem ocorrendo dentro da janela, com algumas diferenciações na fase de crescimento. Os fatores climáticos atuais afetam as operações agrícolas e resultados, o que torna o ciclo do milho safrinha um grande desafio para o produtor e uma importante fonte de renda.

Um bom planejamento de safra com práticas de manejo e tratos culturais deve ser colocado em prática, com a finalidade de melhores resultados no enfrentamento às adversidades climáticas, que passa por cuidados com o solo, semeadura, adubação, questões nutricionais, entre outros.

Letícia Ferreira, coordenadora de Tecnologia e Nutrição da Belagrícola, orienta para quem ainda vai plantar que na fase da semeadura deve-se observar a umidade do solo, já que sementes de milho necessitam absorver aproximadamente 35% de água em relação à sua massa seca para iniciar o processo de germinação. O tratamento de sementes é outro fator a ser observado e sempre que possível, deve-se optar pelo tratamento industrial.

É necessário também estar atento à regulagem da semeadora. A uniformidade no plantio com a correta distribuição das sementes (espaçamento) e fertilizante evita plantas duplas e falhas, garantindo o bom contato da semente com o solo, semeando na profundidadede 3 a 5 cm dependendo da textura e umidade. Outro fator é o acompanhamento da emergência apropriada com o controle de pragas e doenças no desenvolvimento do milho.

Adversidades climáticas podem prejudicar a produção e colheita de um produto. Foto: Assessoria de Imprensa/Belagrícola.

Ataques de Pragas: percevejo e cigarrinha

Uma vez o stand estabelecido, a atenção deve ser voltada ao ataque de pragas, sendo as principais o percevejo Barriga Verde (Dichelops furcatus e D. melacanthus) e a Cigarrinha do Milho (Dalbulus maidis). E em caso de ataque, o produtor deve solicitar ajuda técnica.

Pela saliva, o percevejo Barriga Verde injeta toxinas na planta que prejudicam o seu sistema de crescimento. Em ataques severos a planta morre, processo chamado de “coração morto”. Segundo Letícia Ferreira, o período crítico de danos vai desde a emergência da planta até o estádio fenológico V3 (terceira folha completamente desenvolvida, com o “colar” visível). Nesta fase, o controle deve ser realizado quando o produtor encontrar 0,8 percevejos/m², pois este estágio vegetativo da planta é altamente susceptível devido ao menor calibre de colmo, o que permite que o estilete da praga atinja diretamente o ponto de crescimento, aumentando a probabilidade de ocasionar o “coração morto”. Porém, o potencial de danos se estende até o estágio V6 (seis folhas com colar visível).

Outra praga preocupante é a Cigarrinha, que contamina a planta do milho com molicutes (microorganismos), que por sua vez ocasionam o enfezamento pálido (espiroplasma) e o enfezamento vermelho (fitoplasma). Os sintomas são lesões necróticas, enrolamento das folhas evoluindo para o enfraquecimento da planta, deformação e redução do porte na espiga e, em casos severos, a morte da planta. “Como não é possível identificar a campo quais cigarrinhas estão contaminadas com os molicutes, não há um nível de controle seguro para a praga, devendo ser realizado de acordo com a presença do inseto na lavoura. O potencial de dano crítico ocorre desde a emergência até V8, podendo se estender até VT (pré-pendoamento)”, explica a técnica da Belagrícola, que orienta associar o controle químico com o biológico no combate, induzindo a resistência da planta para manter as pragas abaixo do nível de dano.

A coordenadora de Tecnologia e Nutrição da Belagrícola comenta que o controle químico tem ação mais rápida, porém com residual menor; já os microrganismos como Beauveria bassiana, Metarhizium anisopliae e Isaria fumosorosea são bioinseticidas altamente eficazes no parasitismo das pragas, com potencial de manter a ação por mais tempo na lavoura. “Além disso, podemos lançar mão de produtos que induzem as plantas a se tornarem mais resistentes ao ataque de pragas e doenças, dentre eles estão os fosfitos (de cobre, de manganês, de potássio), compostos salicílicos e alguns aminoácidos que atuam no sistema de defesa das plantas”, complementa Letícia.

Manter o controle de plantas daninhas

As plantas daninhas competem diretamente com a cultura do milho por água, luz e nutrientes, além de servirem de abrigo e refúgio para as pragas que causam danos econômicos. O controle deve ser realizado antes do fechamento das linhas da cultura, com as plantas daninhas e tigueras de soja ainda pequenas, sendo de extrema importância para o estabelecimento da lavoura.

Ferreira lembra que o potencial produtivo da cultura do milho é definido por volta dos estágios V4 e V5, em razão da diferenciação floral, ponto em que muitas plantações da safrinha devem estar. Neste momento, a planta origina os primórdios do pendão e da espiga e ocorre a diferenciação de todas as folhas. “Por isso, a adubação de cobertura com nitrogênio deve ser realizada até esse período. Além disso, de acordo com a necessidade, o uso de micronutrientes via foliar também tem demonstrado bons resultados”.


(com informações da Assessoria de Imprensa/Belagrícola)

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