Da Redação
Foto: Gabriel Rosa/AEN
O vice-governador Darci Piana participou nesta terça (19) da inauguração das obras de ampliação da Incubadora de Ovos da Lar Cooperativa, em Itaipulândia, no oeste do Estado. O maior e mais moderno incubatório das Américas recebeu investimento de R$ 80 milhões. Com o aporte, a unidade passa a incubar 20,1 milhões de ovos ao mês, quase duas vezes mais do que a capacidade da planta desde 2017. A inauguração marca também os 60 anos da cooperativa, que atua em todo Brasil e mais 90 países, com 14 mil associados e 23,5 mil funcionários.
“Essa é uma data importante nos 60 anos da Lar, que é a segunda maior cooperativa do Paraná. Esse investimento é uma demonstração daquilo que nosso Estado tem capacidade para desenvolver e as nossas cooperativas vêm desenvolvendo cada vez mais”, destacou Piana.
Em 2023, o Paraná produziu 2,1 bilhões de frangos e continua liderando amplamente o ranking dos estados, com 34,3% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,4%) e Rio Grande do Sul (12,5%). Esse foi o melhor resultado da história do Estado, um crescimento de 5,4% em relação ao ano anterior. Em 2022 o Paraná detinha 33,5% de participação na produção nacional.
O diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues, afirma que a expansão da incubadora é um grande passo na verticalização dos processos na cooperativa, “Temos aqui, com certeza a melhor tecnologia, o que há de melhor do mundo, tecnologia importada da Holanda e Bélgica”, afirmou o executivo,
Rodrigues informou que a Lar reforçou a biossegurança com os processos automatizados na incubadora, em que o contato humano com os ovos é o mínimo possível. Ele cita também a segurança das aves, cujos pintainhos eram antes comprados dos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. “Antes os pintainhos chegavam bastante debilitados para serem distribuídos. Agora, com nossa própria produção e o que há de ponta em tecnologia, os animais são distribuídos em condições muito melhores”, comparou.
Para o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, “investir em uma incubadora moderna, sustentável, com todas as medidas inadiáveis de biosseguridade faz parte dessa visão estratégica que oportuniza aos produtores de frango da Lar oferecerem alimento para mais de 90 países”.
Ampliação
Com as obras de ampliação, que iniciaram em janeiro de 2023, a unidade passou dos 7.915 metros quadrados de área construída para 15.425 metros quadrados. E, trabalha com alto nível de automação e tecnologia importada da Bélgica e Holanda. Isso garante processos ágeis e de alta eficiência, além de mais segurança para a saúde das aves ao reduzir a manipulação humana, um compromisso da cooperativa com a biosseguridade em todas as etapas do processo produtivo da avicultura.
Com o investimento, a Unidade Incubadora de Ovos de Itaipulândia pode expedir 634 mil pintainhos por dia. Volume que, somado ao potencial da unidade de Santa Helena, também no Paraná, garante 95% de autossuficiência na produção de pintainhos da cooperativa. Os criadores integrados devem receber matéria-prima de alta qualidade para atender a demanda diária de 1,1 milhão de aves abatidas nas quatro indústrias da Lar.
A expansão da Unidade de Itaipulândia tem potencial para gerar mais de 130 empregos diretos e outros indiretos no município e na região. O projeto também encerra um ciclo de cinco anos em que foram investidos R$ 2 bilhões em todas as fases da avicultura pela Cooperativa e outro R$ 1 bilhão por parte dos associados, na modernização de estruturas e aprimoramento de processos.
Tecnologia
Em média, 900 mil ovos são recebidos todos os dias na Incubadora de Ovos de Itaipulândia, produção oriunda da Unidade Produtora de Pintainhos da Lar em Santa Helena e das propriedades dos 14 associados integrados de ovos férteis. Um robô faz a transferência dos carrinhos da granja para os carros de incubação. Na sequência, os ovos passam por um controle de qualidade, além de outras análises que serão realizadas na unidade.
A Incubadora de Itaipulândia tem 111 incubadoras importadas da Europa que reproduzem o ambiente muito próximo ao natural das aves. Nesta etapa, os ovos permanecem por aproximadamente 19 dias, com controle de temperatura, gás carbônico e umidade, indicadores controlados automaticamente.
Após os 19 dias de incubação, os pintainhos são vacinados ainda dentro dos ovos. Uma máquina da Holanda identifica se há batimento cardíaco, assim são vacinados somente os ovos férteis, o que evita desperdício de vacina e contaminação durante o processo. A vacina previne doenças como a New Castlle, Marek e Gumboro.
A etapa seguinte é a transferência dos ovos para os nascedouros, onde acontece o rompimento da casca e o nascimento propriamente dito. O ambiente também é controlado por equipamentos automáticos que fornecem a ambiência correta para os pintainhos.
Por último, os pintainhos são classificados pelo controle de qualidade, recebem uma nova vacina por meio de spray que previne a bronquite infecciosa e logo são destinados à expedição. Cada caixa recebe 100 pintainhos, contados automaticamente pelo sistema, o que agiliza o carregamento em caminhões próprios da cooperativa, também com ambiência controlada. Nos caminhões, os pintainhos seguem para as propriedades dos criadores, onde serão alimentados e cuidados até atingirem idade e peso para abate.
(com informações da AEN)
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