Da Redação
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Eleitores de quinze estados americanos votam nesta terça-feira, 5, nas primárias partidárias que devem consolidar o duelo das eleições presidenciais dos Estados Unidos entre o democrata e presidente Joe Biden e o republicano e ex-presidente Donald Trump. A chamada Superterça, uma das principais datas do calendário eleitoral dos EUA, define mais de um terço dos delegados que irão às convenções partidárias para escolher os candidatos e marcará este ano uma nova fase da campanha republicana.
O partido vive uma disputa entre Trump e a ex-embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, vencida pelo ex-presidente em todas as primárias realizadas até o momento, exceto em Washington. De um lado, as previsões indicam uma consolidação da vitória interna de Trump. Do outro, Haley, pressionada a sair da disputa, aposta todas as fichas nos republicanos e independentes que rejeitam o ex-presidente para se manter com chances de ser a escolhida.
Em um cenário mais disputado, a Superterça seria um dia de grande expectativa para os americanos por ter o poder de definir ou mudar a escolha dos candidatos presidenciais. Entretanto, nenhuma surpresa é aguardada este ano dado o favoritismo de Trump entre os republicanos. “A vantagem do Trump e a consolidação do apoio a ele dentro do partido é muito forte. Mesmo que a Haley ganhe em um ou dois estados, as chances são muito baixas”, disse o professor de ciência política do Berea College, no Kentucky, Carlos Gustavo Poggio.
A expectativa é que o magnata conquiste grande parte dos 865 delegados em jogo na Superterça, o que o deixaria próximo dos 1 215 necessários para confirmar a nomeação. Até então, Trump acumula 244, obtidos nas primárias de nove estados. Haley conta com 43, dos quais 19 foram conquistados em Washington e o restante é proveniente da proporção de votos em outras primárias
Com a confirmação de Trump, a disputa presidencial entre ele e Joe Biden, repetindo 2020, tem início definitivo (os democratas também votam na Superterça, mas, como tradição, o presidente é o candidato natural do partido). Cientes disso, Biden e seus aliados aumentaram as críticas a Trump, classificando-o como uma ameaça à democracia e aos direitos individuais. O ex-presidente, confiante que a disputa interna está resolvida, também tem mirado o rival nos comícios dos últimos dias, com críticas a crise migratória e a economia americana.
(com informações do Estadão Conteúdo)