Da Redação
Imagem: internet
Os Jogos de Paris-2024 começam daqui cinco meses, mas nesta quinta-feira foi inaugurada a Vila Olímpica, local onde as delegações do mundo todo ficarão hospedadas. São esperados 14 500 atletas no complexo de 82 quarteirões. Com presença de autoridades francesas, como a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, o presidente Emmanuel Macron disse que é um orgulho entregar a obra da vila ecológica.
“É um grande dia”, discursou o presidente, ao receber a simbólica chave do local da construtora. “Uma demonstração de que a França é uma nação de construtores.” Empolgado com a obra dos 2807 apartamentos e a despoluição do rio Sena, onde ocorrerá uma grandiosa cerimônia de abertura, Macron até se dispôs a dar um mergulho no local.
“Investimentos extraordinários, com financiamento público, estão sendo utilizados para tornar o rio (em grande parte proibido aos banhistas desde 1923) novamente navegável”, celebrou, respondendo a um jornalista que terá coragem de tomar banho no local. “Eu vou, sim. Mas não darei a data.”
O complexo abrigará atletas somente a partir de julho. Os Jogos Olímpicos ocorrem entre 26 de julho e 11 de agosto e são esperados 10.500 atletas de 206 países. Depois, Paris ainda hospeda a Paralimpíada, entre 20 de agosto e 8 de setembro, no qual a delegação brasileira deve ter o recorde de 250 representantes e mais 4 mil atletas são aguardados.
A construção da vila ecológica gerou quase 2.000 empregos, sendo 1.136 destinados a residentes locais e custou cerca de 2 mil milhões de euros (pouco menos de R$ 11 milhões). “Obviamente, tem sido uma obsessão desde o início”, revelou Macron, que elogiou os operários franceses. “Temos uma quantidade colossal de trabalho sendo feita antecipadamente e vocês devem se sentir orgulhosos, pois cumpriram suas promessas.”
A Vila Olímpica fica próxima ao Stade de France, em Saint-Denis, onde serão disputadas as provas de atletismo. Ela foi projetada para facilitar a vida dos atletas e, além das mais de 12 mil acomodações, conta com restaurantes, áreas verdes de lazer, como campos de futebol, e espaços para passeios à beira do Sena. O senão fica pela ausência de ar condicionado nos quartos, já que a competição será no verão com possibilidade de temperaturas de até 40 graus.
O presidente garantiu, contudo, que isso não será um problema na Vila Olímpica. “Os edifícios serão capazes de suportar as condições climáticas, tanto frias como de
calor”, ressaltou, frisando que os prédios terão sistema geotérmico e resfriamento natural.
“Os atletas vão viver os Jogos nas melhores condições, vamos receber todos aqui”, afirmou, cheio de orgulho e satisfação. “E será um legado para a parte norte de Paris. Nos próximos anos a Vila Olímpica se tornará uma nova cidade moderna, que deixará riqueza no território”, seguiu. “Os Jogos criam transtornos, mas deixam um legado. Sem os jogos não teríamos criado todas essas casas.”
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