Projeto que visa recomposição de 3,82% pela inflação passa em primeira votação em sessão marcada por críticas à imprensa
Da Redação
Foto: Fernando Cremonez/Secom/CML
Com ataques à cobertura da imprensa e a avaliação do presidente da Casa de que quem ganhará não são os vereadores e sim a cidade de Londrina, a Câmara Municipal aprovou em sessão desta terça-feira (27) o projeto de lei que visa reajustar em 3,82% os vencimentos do servidores efetivos e comissionados do legislativo municipal.
A recomposição relativa à perda inflacionária passa a valer desde 1º de fevereiro e na prática representa um aumento de R$ 13,6 mil para R$ 14,1 mil nos salários dos vereadores. O PL nº 21/2024 foi assinado pelos vereadores Emanoel Gomes (Republicanos), Mestre Madureira (PP), Lenir de Assis (PT) e Profª Flávia Cabral (PP).
Os parlamentares também aprovaram o PL nº 19/2024, que entre outras medidas inclui a criação de novos cargos na estrutura da Câmara, como Ouvidoria Legislativa, Diretoria Administrativo-Financeira e Diretoria de Comunicação e Mídias (esta, com salários de mais de R$ 18 mil). Ambos os projetos foram votados em primeira discussão em regime de urgência.
Na sessão desta quinta-feira (29), irá a votação o PL nº 20/2024, que prevê que os subsídios dos vereadores passarão de R$ 13.636,59 para R$ 15.600,00 a partir de 1º de janeiro de 2025, ou seja, na próxima legislatura, enquanto o subsídio do presidente aumentará de R$ 15.856,50 para R$ 18.200,00. Este projeto é assinado pelos vereadores Emanoel Gomes, Mestre Madureira e Prof.ª Flávia Cabral.
Avanço
O presidente da Casa, Emanoel Gomes (na foto acima), quando questionado em coletiva de imprensa após a votação, avaliou que a aprovação do projeto desta terça representa “um avanço”. “É um avanço. Quem ganha com tudo isso não são os vereadores, e sim a cidade de Londrina, porque quando assumimos essa responsabilidade aqui na Casa tínhamos um só objetivo: fazer com que o poder legislativo se torne melhor para melhor atender a população.”
Críticas à imprensa
Prevendo o desgaste provocado por projetos que na prática aumentam os seus próprios vencimentos, alguns vereadores defenderam seus votos atacando a cobertura da imprensa local em relação ao tema. O vereador Santão (Podemos) disse que a imprensa deveria “cair de pau” em todos os setores públicos que promovem a recomposição de servidores, “e não apenas a Câmara”.
Deivid Wisley (Republicanos) afirmou que o reajuste de cerca de R$ 400 promovido pelo projeto não paga o combustível que ele afirmou gastar em dois dias de trabalho, “porque uso o meu carro e não o da Câmara.”
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