Da Redação
Foto: Redes Sociais
A única chaminé da antiga Indústria Mortari que sobreviveu ao tempo não vai mais ser demolida. O prefeito Marcelo Belinati determinou a suspenção da derrubada da estrutura. Para o prefeito, a chaminé solitária, no centro da cidade, “é um Patrimônio Histórico, tem quase 90 anos, a mesma idade de Londrina. No local está sendo construído um empreendimento comercial importante para o desenvolvimento da cidade. Mas nossa história precisa e deve ser preservada”, defendeu o prefeito.
Marcelo relatou que, na sexta-feira, tinha conversado com os responsáveis pedindo a suspensão. “Eles suspenderam e ficaram de avaliar. Hoje pela manhã (nesta segunda) iniciou a demolição. Então, fiz ato administrativo suspendendo a demolição. Nosso patrimônio precisa ser preservado. Desenvolvimento e história devem caminhar juntos, em harmonia”, descreve em uma rede social.
Marcelo Belinati também publicou a história da Indústria e Serraria Mortari:
Nos arredores da avenida Leste-Oeste (trecho da antiga rua Acre) com a rua Rio Grande do Sul foi construída, no início dos anos 1940, a Serraria Mortari, considerada a primeira indústria londrinense. Enquanto se passeia pelos arredores, é possível imaginar o que um dia foi a maior serraria da cidade, operando com máquinas importadas da Itália e da Alemanha.
A antiga serraria, primeira edificação do conjunto, foi construída originalmente em madeira. A fachada voltada para a rua Acre recebeu, em 1948, frente de alvenaria de tijolos. Muita madeira da cidade e região foi exportada por meio desta indústria.
O conjunto de inúmeros barracões construídos em alvenaria de tijolos e a cerâmica implantada na quadra ao lado formavam o complexo Mortari.
A Cerâmica, reconhecida como a primeira indústria de peso de Londrina, produzia uma gama diversificada de materiais, desde tijolos até telhas e manilhas. A produção de telhas francesas e paulistas era viabilizada e incrementada com a ajuda de uma prensa automática e hidráulica, articulada a esteiras rolantes. As máquinas eram importadas e contavam com tecnologia avançada. A indústria funcionou até meados dos anos 1970.
Ainda hoje, um marco dos primeiros tempos de Londrina permanece incólume. Testemunha das atividades industriais que já moldaram a história da cidade, trata-se da chaminé da Cerâmica, feita de tijolo maciço, com base de 3 metros por 3 metros.
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