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Carnaval: motociclistas foram metade dos mortos em acidentes nas BRs no Paraná

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Fiscalização apreendeu até um fuzil, em carro de mulheres com um bebê

Da Redação

Fotos: PRF/PR

Com o fim da Operação Carnaval 2024, a Polícia Rodoviária Federal informa que das oito mortes registradas em sinistros de trânsito nas rodovias federais no Paraná, quatro envolveram ocupantes de motocicletas, mesmo esse tipo de veículo estando envolvido em apenas 25% do total de ocorrências. O índice de mortes demonstra a fragilidade das motos, observou a PRF. A falta de atenção e o desrespeito às normas de trânsito foram as causas dos sinistros.

Motocilista flagrado acima da velocidade. Dos oito mortos no feriado de Carnaval, nas rodovias federais do Paraná, quatro pilotavam motos.

Durante o período de carnaval, 114 acidentes foram registrados nas rodovias federais no Paraná, com 112 feridos e oito mortes. A operação Carnaval 2024 faz parte do Programa Rodovida, uma iniciativa de diversos órgãos e entidades ligados ao trânsito para a redução nos índices de violência no trânsito, especialmente nos períodos de alta movimentação de veículos e pessoas, do Natal ao Carnaval.

Norte do Estado

Na BR 376, Rodovia do Café, que liga o Norte do estado ao Litoral, o trânsito foi muito intenso. A Delegacia de Londrina abrange os Postos (Unidades Operacionais) de Ibiporã, Cornélio Procópio, Santo Antônio da Platina, Apucarana e Mauá da Serra, aproximadamente 528 km de rodovias.

As fiscalizações seguiram o Programa Rodovida, e constataram condutas perigosas, tais como ultrapassagem, uso de álcool e direção, excesso de velocidade, entre outras. A Campanha Educativa “Cinto nas Estradas” alcançou 1.142 pessoas. No Norte do Estado, a PRF flagrou 842 atitudes proibidas no trânsito, como ultrapassagens proibidas (101), falta de equipamentos de segurança obrigatórios como cinto e cadeirinha (230) e uso do celular ao volante (15).

As equipes da PRF realizaram 529 testes do etilômetro (bafômetro) e autuaram 19 motoristas dirigindo sob influência de álcool. No total, foram registrados 12 acidentes, seis com maior gravidade, com 12 pessoas feridas e uma pessoa morta.

A PRF orienta os condutores que sigam as normas de circulação para contribuírem com a segurança no trânsito, responsabilidade de todos.

Fiscalização

Os números globais do Paraná, durante a operação, mostram que a PRF abordou e fiscalizou 5.356 veículos – média de mais de 890 veículos por dia – e 7.173 pessoas. Ainda, alertou para condutas de alto risco nas rodovias, como excesso de velocidade e ultrapassagens proibidas.

No total, 852 condutores foram flagrados realizando ultrapassagens em locais proibidos ou forçando ultrapassagens. Outros 9.497 motoristas foram flagrados em excesso de velocidade, ou, 65 flagrantes por hora. As duas condutas, quando não causam os sinistros de trânsito, potencializam os seus efeitos.

Em Cascavel, na BR-277, uma motocicleta foi flagrada a 167 km/h em local que permite velocidade máxima de 80 km/h. Neste caso, o condutor será multado em 880 reais e terá a carteira de habilitação suspensa.

Durante as fiscalizações, a PRF também autuou 111 condutores por alcoolemia – quando é constatado o condutor alcoolizado ou quando este se recusa a realizar o exame. Esses condutores deverão pagar multa de R$ 2.934,70 e cumprir suspensão do direito de dirigir por 12 meses.

Crimes

Durante a operação, a PRF recuperou seis veículos que haviam sido furtados ou roubados. Quatro deles estavam circulando com placas de outros veículos. Também foi apreendido um fuzil em Santa Terezinha do Itaipu. A arma era transportada por duas mulheres, que também levavam um bebê de seis meses. A dupla tentou fugir após arremessar a arma pela janela do veículo, mas foi localizada e presa.

Fuzil estava no carro de duas mulheres, que levavam um bebê, no Oeste do Estado.

Educação para o trânsito

A PRF também fez um trabalho de conscientização para o trânsito sobre comportamentos preventivos. Aproximadamente cinco mil pessoas participaram das ações educativas da PRF, que teve foco principal nos passageiros de transporte coletivo. 

Acidente com policial rodoviária federal

No início da tarde de ontem, na BR-116, em Campina Grande do Sul, uma policial rodoviária federal e dois vigilantes privados foram atropelados. A policial parou para prestar atendimento em um acidente. Enquanto retirava os envolvidos do local de risco, o condutor de outro automóvel perdeu o controle, invadiu o canteiro central e atingiu a PRF e dois vigilantes privados. A policial teve ferimentos moderados, um dos vigilantes sofreu ferimentos graves e o outro, ferimentos leves. Todos foram encaminhados ao Hospital Cajuru, em Curitiba.

Policial Rodoviária Federal foi atropelada quando atendia um acidente, em Campina Grande do Sul. Dois homens também ficaram feridos.

O veículo que provocou o segundo acidente estava com os quatro pneus com desgaste acima do permitido, o chamado pneu careca. O condutor foi autuado e o veículo recolhido. O ocupante não se feriu.

A pista estava molhada em razão das chuvas, o que diminui a aderência dos pneus, por isso, é prudente reduzir a velocidade, principalmente em curvas. Para quem se envolve em acidente, é importante sair da área de risco, sinalizar a via para evitar novos acidentes, e chamar socorro.

Sinistro

A PRF informa, ainda, que o termo sinistro substitui a palavra acidente após atualização da nomenclatura pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) da NBR 10697, em 2020, com adoção pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), no ano passado. A mudança considera fatores técnicos e busca também uma mudança de percepção, pois a expressão acidentes passaria uma sensação de acontecimentos inevitáveis e imprevisíveis. O termo sinistro, além de mais correto tecnicamente, pretende deixar claro que colisões, atropelamentos e tombamentos e diversos outros sinistros podem ser evitados, assim como as mortes e lesões decorrentes destes. 

(com informações da PRF/PR)

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