Um segundo óbito está sob análise; Prefeitura começa a aplicar veneno residual no final de semana
Por Nelson Bortolin
A Secretaria Municipal de Saúde confirmou nesta sexta-feira a primeira morte por dengue em Londrina e mais 403 novos casos da doença na cidade, totalizando 1.106 no ano. O aumento é de 57% na comparação com a semana anterior. Já as notificações agora somam 5.412, crescimento de 43%.
A primeira morte ocorreu dia 31 de janeiro. Trata-se de uma mulher de 64 anos que tinha comorbidades, segundo o secretário da Saúde, Felippe Machado. De acordo com ele, há também um segundo caso de óbito sendo investigado.
No pronto-atendimento da Unimed Londrina, os casos de dengue cresceram quase 10 vezes em janeiro deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado. São 398 pacientes atendidos agora contra 40 em janeiro de 2023.
Somente nos primeiros 7 dias de fevereiro, segundo a assessoria de imprensa da cooperativa, são 105 casos confirmados, o que também revela a tendência de crescimento expressivo, já que, no ano passado, durante o mês inteiro, haviam sido 154 confirmações.
Apesar desses números, o secretário da Saúde, que recebeu a imprensa na manhã dessa sexta-feira, diz que a proliferação da doença neste ano está mais concentrada na zona sul da cidade. “O momento epidemiológico é preocupante. É hora de intensificarmos ações, especialmente na zona sul da cidade, para que a gente consiga frear os números na próxima semana”, disse.
Aproveitando o feriado de Carnaval, a secretaria dá início neste sábado (10) à borrifação residual de veneno contra o mosquito Aedes Aedes aegypti nas escolas e unidades básicas de saúde (UBS).
De acordo com Machado, pela tecnologia chamada BRI, o veneno fica depositado nas superfícies dos imóveis e, após o mosquito pousar nesses locais, ele acaba morrendo. A ação vai se concentrar inicialmente na zona sul e, dependendo dos resultados, será repetida em outras regiões.
O secretário informou ainda que, no sábado, terá início o terceiro ciclo do fumacê do ano. Neste caso, a aplicação será em toda a cidade, em bairros com maior incidência de casos ou presença de criadouros, totalizando cerca de mil quarteirões.
Ele apresentou à imprensa alguns quadros mostrando a redução significativa de casos de dengue após o início do fumacê (ver quadros após o texto).
Machado ressaltou que, mais importante que matar o mosquito, é eliminar criadouros evitando seu nascimento. “O cenário mostra que quase 90% dos focos estão nos domicílios. Por isso, após o carnaval, vamos retomar a realização de grandes mutirões de limpeza, começando pelo União da Vitória.”
VACINAÇÃO
A Prefeitura ainda não sabe exatamente o dia em que dará início à vacinação contra a dengue na cidade, nem quantas doses da vacina Qdenga irá receber. A expectativa do secretário de Saúde é que a campanha se inicie na semana que vem, uma vez que a vacina já começou a ser aplicadas em outras cidades.
Inicialmente, serão vacinadas apenas pessoas de 10 a 14 anos de idade.
