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Barroso abre STF dizendo ser “benção” não precisar falar sobre democracia

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Ao lado de Lula e Rodrigo Pacheco, ministro inicia ano judiciário dando recado ao ex-presidente Jair Bolsonaro

Por Gabriel Hirabahasi, Lavínia Kaucz e Matheus de Souza/Estadão Conteúdo

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, deu um recado ao ex-presidente Jair Bolsonaro e disse ser “uma bênção” fazer um discurso na abertura do ano Judiciário (foto acima) “sem termos nenhuma preocupação que não sejam as preocupações normais de um País, crescimento, educação, proteção ambiental e todos os outros valores que estão na Constituição”.

“Felizmente eu não preciso gastar muito tempo nem energia falando de democracia, porque as instituições funcionam na mais plena normalidade, a convivência harmoniosa e pacífica de todos. Nem preciso falar de separação de Poderes, porque embora independentes e harmônicos, nós convivemos de maneira extremamente civilizada e respeitosa”, afirmou, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Segundo Barroso, “a independência e harmonia não significam concordância sempre nem que o Judiciário atenda necessariamente todas as demandas de qualquer um dos Poderes”.

“Mas nós nos tratamos com respeito, consideração, educação e sempre que possível, carinhosamente, como a vida deve ser vivida”, completou.

As sessões de abertura do ano Judiciário nos anos de governo Bolsonaro foram marcadas por uma quase constante tensão entre o chefe do Executivo com o STF. Mesmo mantendo relação com alguns ministros, o ex-presidente realizou diversos ataques ao Judiciário, especialmente em relação aos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, que estiveram à frente do Tribunal Superior Eleitoral ao longo dos últimos anos.

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