Em entrevista ao Paraná Norte, Ratinho Jr. fala sobre o olhar do governo para a região, a mobilização de lideranças pelo Contorno Leste e o papel do PSD nas eleições municipais
Por Diego Prazeres
Foto: AEN
Em entrevista ao Paraná Norte, Ratinho Jr. fala sobre o olhar do governo para a região, a mobilização de lideranças pelo Contorno Leste e o papel do PSD nas eleições municipais
O governo como agente facilitador para as ações de desenvolvimento do Estado. É assim que Ratinho Jr. (PSD) diz entender sua função à frente do Executivo estadual. Em entrevista ao Jornal Paraná Norte, o governador disse ter plena ciência da importância do Norte do Paraná nesse processo ao responder sobre a necessidade de um olhar mais atento do Estado à região, que concentra alguns de seus municípios com os maiores PIBs.
“O olhar do governo está voltado a todas as regiões do Estado, mas sabemos da relevância da Região Norte. Ao Estado cabe facilitar as coisas pra quem trabalha para esse desenvolvimento. Por isso temos investido muito na região”, afirmou o titular do Palácio Iguaçu, que estará em Arapongas nesta quarta-feira (31) para visitar as instalações do novo pronto-socorro do Honpar (Hospital do Norte Paranaense) e a edição 2024 da Movelpar, no Centro de Eventos Expoara.
Ratinho Jr. também comentou a mobilização de lideranças norte-paranaenses para a execução das obras do Contorno Leste em Londrina e falou, claro, sobre as eleições municipais. Uma das principais lideranças nacionais do PSD, ele é naturalmente peça-chave no tabuleiro do pleito no Estado. Só que por enquanto evita marcar posição sobre quais nomes irá de fato apoiar nas disputas pelas principais prefeituras paranaenses, a maioria delas sob comando de seu partido.
Disse que as candidaturas serão construídas mediante “consenso” e não descarta composições com outras siglas. É difícil apostar numa aliança que não tenha nomes do PSD na cabeça de chapa nos maiores colégios eleitorais do Estado. Até porque outras siglas robustas no Congresso Nacional, como o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, já indicaram que não abrirão mão de candidaturas próprias nos municípios com mais de 200 mil habitantes.
Em Londrina, por exemplo, ao assumir a presidência do diretório local do PSD, a deputada federal Luisa Canziani afirmou que o partido deverá ter candidato ou candidata à prefeitura. Ela mesma pode ser um nome, assim como os deputados estaduais Tiago Amaral e Tercilio Turini. Já o PL só não lançará Filipe Barros se o próprio deputado federal, principal expoente do bolsonarismo na região, não quiser.
Na entrevista concedida por e-mail, o governador não respondeu um questionamento: o que trata das investigações do Ministério Público sobre suposta cobrança de propina feita pelo presidente da Assembleia Legislativa e aliado dele, deputado estadual Ademar Traiano (PSD), para a contratação de serviços de TV na Casa. Confira a entrevista abaixo.
Qual será sua posição em relação à disputa eleitoral em Londrina e Arapongas? O PSD terá candidatos próprios ou cogita alianças para lançar nomes de outros partidos?
O PSD Paraná tem compromisso e respeito com cada um dos municípios do estado, o que se refletirá na escolha das candidaturas para o pleito deste ano. Todas as candidaturas serão analisadas e construídas a partir de um consenso, visto que contamos com excelentes quadros de filiados ao partido, mas também boa relação com outras legendas. Certeza é que buscaremos nomes que representem bem a região e tenham compromisso com o desenvolvimento dessas cidades.
As lideranças políticas e empresariais de Londrina e região vêm cobrando uma posição dos governos estadual e federal em relação à construção do Contorno Leste. Qual seu entendimento sobre essa obra, é possível o governo estadual assumi-la em consonância com a concessão do pedágio?
Ano passado nos reunimos com lideranças da região para discutir a viabilização do projeto. Incluí-lo na nova concessão cabe ao Ministério dos Transportes. Nesse encontro ponderamos que com a mudança deve haver aumento na tarifa, já se trata de uma obra de alto custo. Mas se o entendimento for pela articulação junto ao Governo Federal, os prefeitos terão o apoio do nosso governo.
E por falar nas novas concessões de pedágio. Qual o cronograma de formalização dos lotes e quais já estão com a concessão definida?
Já foram realizados os leilões dos lotes 1 e 2 e os contratos devem ser assinados nos próximos dias. A partir da assinatura as concessionárias devem seguir o cronograma de instalação e início da operação organizado pela ANTT. O Ministério dos Transportes já informou que neste ano vão a leilão os lotes 3 e 6. Nossa expectativa é grande, especialmente pelo início das obras que vão transformar a logística do nosso estado e, por força de contrato, devem ocorrer já nos primeiros 7 anos de concessão. Teremos grandes transformações nas nossas estradas com preço justo na tarifa, que deverá ficar em média 50% mais barata.
Como o sr. avalia a investigação do Ministério Público contra o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano, que é de seu partido, sobre suposto pagamento de propina para a contratação de emissora de TV para a prestação de serviços na Alep? Teme algum desgaste para o governo?
Municípios de Londrina e região detêm alguns dos melhores índices econômicos relacionados ao PIB por conta de sua intensa atividade industrial. Qual o olhar do governo do Estado para o Norte do Paraná?
O olhar do governo está voltado a todas as regiões do Estado, mas sabemos da relevância da região norte. Londrina é segunda cidade mais populosa do Paraná e figura entre as 100 maiores economias do país. Reflexo da intensa atividade industrial, como foi dito. Ao Estado cabe facilitar as coisas pra quem trabalha para esse desenvolvimento. Por isso temos investido muito na região, especialmente com obras de infraestrutura. Desde que assumimos grandes projetos foram tirados do papel, como o da trincheira da Bratislava em Cambé e a duplicação da PR-445 Londrina – Irerê, investimento de mais de R$ 120 milhões. Em andamento podemos citar duas obras importantes, a duplicação PR-445 Mauá da Serra a Lerroville e o Viaduto da PUC em Londrina, que juntos somam mais de R$ 180 milhões investidos.
O governador virá à abertura de mais uma edição da Movelpar em Arapongas. Como o senhor entende a importância dessa feira para a economia e o desenvolvimento do Estado?
Estarei na feira no dia 31, à tarde. A Movelpar é de extrema importância, já que reúne empresas de várias áreas que tem relação com o setor, proporcionando oportunidade de novas parcerias dentro e fora do Brasil. Essa movimentação tem impacto direto na economia do nosso Estado, que é forte no segmento. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Móveis Arapongas, o setor moveleiro do Norte envolve mais de 900 empresas que comercializam mais de R$ 6 bilhões ao ano. As 323 sediadas em Arapongas foram responsáveis por mais da metade desse valor.
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